domingo, outubro 29, 2006

Narrativa desmedida.
(Diego Santos - 27/10/2006)

Não que eu tenha sete vidas
Mas faço da minha vida
As setes pretendidas

Pela força que torno a vida
Pelo modo que sigo em vida
E pela vida que me é pedida

Sou senão aquele que tenta
Aquele que falha e re-tenta
Que cresce por meio a crescenda
E que por si só se alimenta

Sou também aquele que falha
Lacunas deixadas escassas
Por dentre as portas arrombadas
Cenário da falha central

Rente então ao desterro
Eu que outrora era o erro
Me torno então o acerto
Daquilo que não tinha conserto

Aí então eu pergunto
Quem é que foi o puto
que disse torceu pelo enterro
daquilo que me fazia inteiro
na antiga falha central ?

Vozes então expandidas e fracas
Reverberam pelas placas
Formadas pelas cascas
De outras antigas batalhas

Eis então a resposta:

Não, não tens sete vidas
mas pela vida que vives
tem mais do que dizes.
Em razão do que acreditas
pelo modo que lidas
com tudo aquilo que cativas
e tudo aquilo que respiras.
És aquilo que pensas,
não que sejas gigantesca
essa tua forma suprema.
Mas sempre é mais do que queres
por ser tão sempre ambígues
aquelas frases que dizes
no meio dos perdidos
querendo dizer o que disse
sendo verdade o que disse
mesmo estando tu entre dois.

Aquele que sempre falha
e aquele que sempre acerta.

Tu és.

1 Comments:

At sábado, novembro 11, 2006 4:15:00 PM, Anonymous Anônimo said...

*respirando fundo após ler*
é don diego...
belas palavras..
ah, gostei do título tb
creio q seja um título q vc colocou e pensou consigo mesmo "é, cara... esse ficou bom"
;)

=*

 

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